29 de março de 2024

Jundiaí /SP

60ª Assembleia Geral da CNBB: Retiro dos Bispos

Bispos vivenciam momentos de espiritualidade num ambiente de fraternidade e comunhão

 

Neste final de semana, sábado (22) e domingo (23), durante a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o episcopado esteve reunido em retiro. O pregador deste momento foi o Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, com o tema: “O amor de Deus”.

Retiro

Foto: Victória Holzbach/CNBB Sul 3

Ao iniciar o retiro, Dom Orlando conduziu os bispos à reflexão sobre o amor de Deus revelado nas Escrituras desde a criação do mundo, “antes do nascimento esse Amor é incondicional”. Citando o fundador dos Xaverianos, diz que: “A Bíblia é a carta do amor de Deus para a Humanidade” (São Guido Maria Conforti). Com base nas Escrituras Santo Agostinho diz: “Que maior causa pode haver na vinda do Senhor senão mostrar-nos Deus o seu amor?”.

Algumas frases que Dom Orlando utilizou para conduzir o retiro no primeiro momento: “Nossa genealogia começa em Deus e termina em Deus” (São João Paulo II); “Qual é a medida de se amar a Deus? É amá-lo sem medida”! (Santo Agostinho); “Sou bispo por causa do Amor de Deus” (São Cipriano); “O bispo deve temperar suas obras com o sal do Amor de Deus” (São João Crisóstomo).

 

A segunda parte da reflexão sobre o Amor de Deus, Dom Orlando utilizou-se da espiritualidade a partir do Rito de Ordenação Episcopal: “Queres desempenhar até à morte a missão a ti confiada?” Dito isto, relembrou os bispos que ao dizer o “Sim” ele passa a assumir e viver os martírios cotidianos, amar os mais pobres e ter a centralidade da sua vida na Palavra de Deus. “Fomos ordenados pela misericórdia de Deus: Ele nos ama e nos torna capazes de amar; a amabilidade deve ser um hábito em nossa vida. Nossa carteira de identidade é o amor de Deus, o nosso credo, o carimbo da nossa vida, que ninguém e nada pode tirar. A cruz de Cristo é o amor excessivo, extremo e redentor”.

No domingo, 23, Dom Orlando abordou o “Amor de Deus” a partir da humanidade de Maria no Magnificat, com o tema: “Como Maria experimentou o amor de Deus”. “Deus é o meu salvador, olhou para a minha fraqueza, fez em mim maravilhas, ele é poderoso e santo, é misericordioso, sacia os famintos, exalta os humildes, realiza as suas promessas” (cf. Lc 1,46-55). Ele complementou, citando algumas atitudes de Maria: “Maria como a servidora, sensível aos acontecimentos, aquela que busca uma solução (Jo 2,1-11 – bodas de Caná), a parteira (Lc 1,39-56 – visita a Isabel), aquela que caminha três dias em busca do filho (Lc 2,41-52), que vai a procura de Jesus na sua pregação: sua mãe está aqui (Mt 12,46-50)”. Todas as atitudes de Maria são atitudes humanas.

Ao final de sua pregação compartilhou com os bispos um texto, pessoal, sobre a parábola do bom samaritano, na qual diz: “a única via de saída para reconstruir este mundo é o bom samaritano… que não espera reconhecimentos, elogios ou vantagens pessoais. Ele se aproxima, se faz próximo, deixa de lado a indiferença, porque o amor se abre para todos”.

Após as explanações de Dom Orlando, os bispos participaram, na manhã de domingo (23), de uma Celebração da Reconciliação conduzida pelo Arcebispo Metropolitano de Montes Claros (MG), Dom José Carlos de Souza Campos. Em seguida, saíram em procissão com a imagem de Nossa Senhora Aparecida até o santuário, no qual participaram da missa presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro.

Fonte:cnb.org.br

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