“Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida”. Foi com essa afirmação, escrita pelo saudoso Papa Francisco na bula de proclamação do Jubileu de 2025, que a Comunidade Unidos por Cristo (UPC) se sentiu inspirada a viver, de agosto a novembro deste Ano Santo, uma experiência que marcou profundamente um ano já significativo, no qual completou 20 anos de fundação: a peregrinação às cinco Igrejas Jubilares da Diocese de Jundiaí.
Foi por esses caminhos que os cerca de 40 membros da UPC se colocaram em marcha, saindo da sede da Comunidade, em Várzea Paulista, para viver cada peregrinação como um verdadeiro itinerário interior. À luz do carisma da Comunidade, cinco dimensões foram meditadas e deram nome aos caminhos percorridos: os Caminhos da Misericórdia, da Alegria, da Obediência, da Fidelidade e da Humildade.
Em agosto, diante da Igreja Mãe da Diocese, a Catedral Nossa Senhora do Desterro, a comunidade foi convidada a experimentar a Misericórdia que acolhe, restaura e envia. No Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida, título mariano adotado pela UPC como sua padroeira, a Alegria cristã, espelhada na confiança de Maria na vontade de Deus, conduziu a segunda peregrinação.
O mês de setembro, marcado na espiritualidade da Comunidade pela memória de São Francisco de Assis e de Santa Faustina Kowalska, seus baluartes, levou os peregrinos até o Santuário de Pirapora do Bom Jesus. Ali, no dia dedicado à santa da Divina Misericórdia, a meditação sobre a Obediência encontrou profundo sentido diante da imagem milagrosa do Senhor Bom Jesus, contemplado como Servo Sofredor e obediente.
Em outubro, sob o olhar materno de Santa Ana, na quadricentenária Matriz de Santana de Parnaíba, a Fidelidade foi contemplada como virtude que atravessa gerações e sustenta a fé ao longo do caminho.
Por fim, em novembro, no pequeno e singelo Santuário Nacional do Sagrado Coração de Jesus, em Itu, a Humildade encerrou o itinerário jubilar, revelando que Deus se manifesta, muitas vezes, naquilo que é simples e escondido.
Para Silmara Gonçalves, membro de Vida da Comunidade, a experiência foi marcada pela vivência em família e pela descoberta. “Fazer essa peregrinação para mim foi algo muito importante, principalmente em família. A história dos santuários tem uma riqueza enorme que eu não conhecia. As crianças, que normalmente preferem parquinhos, ficaram encantadas, perguntando sobre tudo o que viram e ouviram”, relata. Ela destaca ainda a força da caminhada comunitária: “Fazer essa peregrinação em comunidade foi ainda mais especial. A peregrinação em si tem um significado importante na minha vida, e os momentos fraternos deixam tudo mais gostoso. Que não percamos a esperança de levar o Cristo a todos que necessitam”.
Karine Rosa também recorda o Ano Jubilar como um tempo de graça para toda a Diocese. “Conhecer as igrejas foi emocionante. Confesso que não conhecia muitas, mas ver os detalhes e a história preservada ao longo dos anos é de encher o coração”, afirma. O Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em especial, tocou-lhe profundamente: “Quando adentrei, já me emocionei. A riqueza de detalhes e a ternura do lugar transbordaram meu coração. Foi uma alegria imensa vivenciar tudo isso e perceber que não é um mero clichê a frase: ‘É lindo ser católico’”.
Para Luiz Felipe Cuberos, fundador da Comunidade Unidos por Cristo, a vivência das peregrinações jubilares foi um verdadeiro exercício de comunhão. “Além de nos fortalecer espiritualmente, peregrinar pelas cinco Igrejas Jubilares de nossa Diocese reafirmou a nossa vocação de viver e testemunhar nosso carisma sempre em sintonia com o coração da Igreja, deixando-se conduzir pelos seus pastores e pela riqueza de sua tradição”, destacou.










