28 de março de 2024

Jundiaí /SP

Padre Geraldo testemunha as virtudes da Serva de Deus Maria de Lourdes Guarda

Na noite de 9 de novembro, Padre Geraldo Marcos Labarrere Nascimento, SJ, atualmente trabalhando na Diocese de Goiás, esteve na Cúria Diocesana de Jundiaí para partilhar seu testemunho de 19 anos de convívio e trabalho ao lado da Serva de Deus Maria de Lourdes Guarda, diocesana, natural de Salto, que se encontra em processo de beatificação e canonização.

Este evento conclui uma iniciativa do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Desterro que incluiu no plano de formação da etapa propedêutica encontros mensais com a Comissão de Divulgação da Causa de Canonização de Maria de Lourdes Guarda, que teve como objetivo levar ao conhecimento dos futuros presbíteros a história da Serva de Deus, o andamento do processo e, também, para que o testemunho de fé e amor deixado por ela possa ajudar os rapazes em sua caminhada vocacional, da qual faz parte o chamado à santidade.

No encontro com Padre Geraldo participaram todos os seminaristas diocesanos das três etapas de formação, os reitores do Seminário, Padre Lupércio Batista Martins e Padre Paulo Eduardo Ferreira de Souza, os membros da Comissão de Divulgação da Causa, Geraldo Guarda e Maria Inês Guarda Tafarello, sobrinho e prima de Maria de Lourdes, respectivamente. Dom Vicente Costa, Bispo Emérito também esteve presente e iniciou o encontro afirmando que a Serva de Deus “evangelizou o mundo inteiro a partir de um leito de dor”.

Aos 20 anos, Maria de Lourdes Guarda passou por uma cirurgia na coluna que a deixou paraplégica. Mas, as consequências foram além: ela perdeu quase toda a mobilidade do corpo e, por 50 anos, viveu deitada em um leito, sobre uma fôrma de gesso, com uma série de outras complicações de saúde, obrigada a ficar “encerrada” no quarto do hospital. Conforme diz o Apóstolo Paulo, Maria de Lourdes uniu seus sofrimentos aos sofrimentos de Cristo e suportou tudo por amor e no amor.

Padre Geraldo refletiu sobre uma frase dita por Maria de Lourdes: “Nenhuma deficiência é impedimento para a vida”. O presbítero indagou de que deficiência estaria ela falando, se apenas a física, ou também deficiência social, moral, psíquica, política… “Será que nós nos entendemos com alguma deficiência? Será que essa deficiência não é impedimento para a vida? Para o nosso trabalho missionário?”, indagou.  Maria de Lourdes, mesmo imóvel e cheia de dores, recebia inúmeras pessoas em seu quarto, que buscavam-na, muitas vezes, para encontrar consolo para seus próprios sofrimentos.

Quando Padre Geraldo a conheceu, em 1977, passou a visitá-la diariamente no quarto hospitalar. Certo dia, ele sugeriu colocar rodas nos pés da cama de Maria de Lourdes para que eles pudesse ir até o jardim do hospital. A possibilidade de locomoção animou Maria de Lourdes a fazer visitas a pacientes em outros hospitais, e, a partir daí, ela começou um trabalho junto à Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência, viajando pelo Brasil todo, com o auxílio de muitos amigos e benfeitores. Maria de Lourdes chegou a ser coordenadora nacional da Fraternidade.

Padre Geraldo vivenciou muitos milagres ao lado de Maria de Lourdes, histórias que ele compartilhou no auditório Pio XII da Cúria Diocesana. Ele testemunhou pessoas que mudaram de vida de forma radical a partir do contato com ela, às vezes, sem que ela falasse muitas coisas, mas apenas com sua simplicidade e humidade que irradiavam a vida que vinha que Deus. Mas também, quando encontrava alguém em situação de necessidade, Maria de Lourdes movia montanhas para poder ajudar, especialmente os doentes. “Ela era uma pessoa aberta, agradável, alegre, bonita, corajosa e não fazia distinção de pessoas”, recorda Padre Geraldo.

Na edição 571 (Novembro/22) da revista O Verbo confira uma reportagem especial sobre a Serva de Deus Maria de Lourdes Guarda

 

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Rolar para cima