Este Marco histórico reforça o compromisso da Comissão
com a preservação da memória e do patrimônio religioso diocesano
No dia 4 de novembro de 2025, a Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja e do Espaço Sagrado (CBCI) realizou sua 100ª reunião, um marco histórico que celebra mais de duas décadas de trabalho dedicado à preservação, estudo e promoção do patrimônio arquitetônico, artístico, histórico e religioso da Igreja Particular de Jundiaí.
A trajetória da Comissão teve início em 23 de julho de 2004, com a primeira reunião de formação, sob a coordenação do então Bispo Diocesano, Dom Gil Antonio Moreira. A partir dessa data, a CBCI vem se reunindo de forma contínua, consolidando-se como referência no cuidado com os bens culturais e na valorização da memória eclesial.
Logo após sua fundação, a Comissão realizou encontros significativos, como a 2ª reunião, em 13 de agosto de 2004, no Seminário de Pirapora do Bom Jesus, e a 5ª reunião, em 8 de novembro do mesmo ano, no salão da Igreja do Bom Jesus, em Itu, ícones religiosos na diocese.
Entre os diversos marcos de sua caminhada, destacam-se a 11ª reunião, em 19 de agosto de 2005, na Paróquia Santa Ana, em Santana de Parnaíba, e o Seminário de Arte Sacra do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizado em Jundiaí, no mesmo ano. Esses eventos evidenciaram o comprometimento da Diocese com a formação e o intercâmbio sobre a importância dos bens culturais da Igreja.
A 35ª reunião, em 23 de julho de 2010, marcou a primeira participação de Dom Vicente Costa, Bispo Diocesano e referencial da Comissão. Sob orientação de Dom Vicente, a CBCI promoveu importantes iniciativas, como: a Exposição pelos 30 anos de falecimento de Dom Gabriel, 1º bispo da Diocese, em abril de 2011; a consolidação do Regimento Interno, cuja primeira versão foi publicada em 2011 e a segunda, revisada e atualizada, em 2021.
Já em 10 de maio de 2013, foi outro momento simbólico de celebração e continuidade do trabalho foi a realização da 50ª reunião da comissão com todos os seus membros presentes.
Em 2018, a presença do representante da Congregação dos Redentoristas em Pirapora do Bom Jesus marcou o início dos estudos para o restauro do Santuário, culminando no Encontro Diocesano da CBCI, realizado em 1º de dezembro do mesmo ano.
Pouco depois, a Comissão iniciou um dos seus projetos mais significativos: o Memorial Dom Gabriel, aprovado em 1º de novembro de 2019, e inaugurado em 11 de março de 2021, dedicado à preservação da memória episcopal e cultural da Diocese de Jundiaí.
Entre as atividades recentes, destaca-se também a visita técnica ao Santuário Nacional de Aparecida, realizada em 12 de maio de 2022, que proporcionou importante troca de experiências sobre conservação e restauro de bens sacros. No mesmo ano, a 89ª reunião, em 20 de outubro, marcou o início da gestão de Dom Arnaldo Carvalheiro Neto, 6º Bispo Diocesano à frente da Diocese e o 3º na CBCI.
A 100ª reunião, realizada no mês de novembro de 2025, na semana em que a Igreja celebra a tão significativa festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, foi um momento de ação de graças e de renovação de compromisso. Representa não apenas a continuidade de uma trajetória de trabalho e fé, mas também a reafirmação da missão que inspira a Comissão desde o início: guardar, estudar e promover os bens culturais da fé como expressão viva da presença de Deus na história da Igreja, na Diocese de Jundiaí.
Durante a 100º reunião da CBCI, Dom Arnaldo Carvalheiro Neto destacou a importância pastoral da memória e do patrimônio religioso.
Ao final da reunião, foi manifestado agradecimento especial aos membros atuais da Comissão, e a todos que, ao longo destes 21 anos, contribuíram com dedicação e competência para o fortalecimento da missão da CBCI.
Os bens culturais da Igreja são sinais concretos da fé que molda a história de nossa Diocese. Cuidar deles é também cuidar da identidade do nosso povo e da evangelização que se expressa pela arquitetura, pela arte, pela beleza e pela tradição. Celebrar cem reuniões é celebrar a fidelidade de tantos que dedicaram seu tempo e seu talento ao serviço da Igreja.
Como recorda o Papa Francisco, “a memória é o alicerce do futuro” — e é sobre esse alicerce que a Comissão para os Bens Culturais da Igreja da Diocese de Jundiaí continuará construindo, com zelo, fé e esperança, o testemunho de beleza e espiritualidade que caracteriza o patrimônio da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Colaboração: Mônica Bevilacqua Romano
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