Na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, no dia 2 de novembro, milhões de fiéis de todo o mundo visitam os cemitérios para rezar pelos falecidos de suas famílias e obterem a indulgência plenária para oferecê-las às almas do purgatório.
Normalmente, a indulgência Plenária era concedida pela Santa Sé se o fiel visitasse algum cemitério entre os dias 1º e 8 de novembro e caso cumprisse as condições necessárias para obtê-la (oração pelos fiéis defuntos, confissão, comunhão e oração pelas intenções do Santo Padre).
Entretanto, devido à pandemia e às medidas de restrições, a Penitenciaria Apostólica respondeu às solicitações de numerosos bispos, emitindo um decreto que anuncia a prorrogação das indulgências plenárias da mesma forma que em 2020, ou seja, para todo o mês de novembro.
O documento pretende atender à necessidade ainda viva de evitar agregações, uma causa potencial da propagação da Covid-19, que ainda afeta a população mundial em graus variados. “A regra codificada é a de uma indulgência plenária em todos os dias do Oitavário de 1 a 8 de novembro para todos os que visitarem cemitérios rezando pelos defuntos, e em 2 de novembro, especificamente, para os que visitarem uma igreja ou oratório e ali recitarem o ‘Pai-Nosso’ e o ‘Credo’, declarou o Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário-Mor.
Esta é uma forma de devoção muito sentida, que se expressa participando da missa e visitando cemitérios. Por esta razão, para que as pessoas possam fazer suas visitas sem criar uma multidão, “foi decidido expandir o tempo dando a possibilidade de fazer uso de indulgências e assim para todo o mês de novembro será possível adquirir o que foi previsto para os primeiros oito dias de novembro”, completou.
Condições específicas da indulgência por ocasião do Dia de Finados
Visitar piedosamente uma igreja ou oratório e ali recitar o Pai-Nosso e o Credo;
Visitar um cemitério e rezar pelos defuntos, mesmo que seja apenas mentalmente;
As pessoas doentes, os idosos e as pessoas que não podem sair de casa podem “unir-se espiritualmente aos outros fiéis”.
Condições habituais obrigatórias
É preciso cumprir também as condições habituais para se receber qualquer indulgência plenária, ou seja:
Confessar-se, porque, para receber a indulgência plenária, é necessário estar em graça e desapegado de todo pecado;
Receber a Sagrada Comunhão;
Rezar pelo Santo Padre e pelas suas intenções de oração.
Cada fiel pode fazer orações de sua preferência, mas seguem algumas sugestões:
Orações sugeridas
“Eterno Pai, eu vos ofereço o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém”.
“Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, e que a luz perpétua os ilumine. Descansem em paz. Amém” (três vezes).
A Igreja também recomenda, entre as orações, rezar as Laudes e Vésperas do Ofício dos Defuntos, o rosário (ou terço) mariano, a coroa (ou terço) da Divina Misericórdia ou a leitura meditada de passagens do Evangelho próprias da liturgia dos fiéis defuntos.
A tradição também incentiva os católicos a realizarem uma obra de misericórdia, oferecendo a Deus as dores e dificuldades da própria vida.
Indulgência Plenária
Conforme o Catecismo da Igreja Católica, número 1471, “As indulgências são a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados, já perdoados quanto à culpa, que, em determinadas condições, o fiel adquire para si ou para os defuntos, mediante o ministério da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos”.
Fonte: Vatican News