Promovido em Brasília (DF) pela Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Seminário de Iniciação à Vida Cristã (IVC) reuniu de 15 a 17 de julho cerca de 200 seminaristas de todo o país para refletirem sobre “A importância da catequese na formação do futuro presbítero”.
Com ênfase no espaço que a Iniciação à Vida Cristã e a dimensão catequética ocupam na formação do presbiterado, esta foi uma oportunidade dos seminaristas enriquecerem seu conhecimento sobre a IVC e como ela deve ser aplicada no atual contexto sociocultural.
Ao término da programação, os seminaristas Wagner Junior (2º ano da Configuração) e Guilherme Fagá (2º ano do Discipulado), representantes da Diocese de Jundiaí no evento, foram acolhidos na sede administrativa da CNBB pelo padre Leandro Megeto, do clero diocesano, e recentemente nomeado como subsecretário adjunto geral da Conferência Episcopal.
Além de conhecerem as dependências e setores do órgão, os seminaristas tiveram uma breve conversa com Dom Ricardo Hoepers, secretário geral da CNBB. “Vivemos nestes dias importantes experiências, sobretudo de formação, e com esse bom aproveitamento de todo o conteúdo passado, agora o transmitiremos aos demais seminaristas de nossa Diocese”, afirma Guilherme.
Preparados para os novos desafios
Dom Leomar Antônio Brustolin, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, destacou que o encontro faz parte de um processo que está envolvendo seminaristas, leigos e leigas e presbíteros para fortalecer a iniciação à vida cristã no Brasil. Trata-se, segundo ele, de encontrar caminhos novos para comunicar a fé com as novas gerações em tempos tão complexos como, por exemplo, com o uso da inteligência artificial.
“Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre, mas como comunicar o Evangelho, o Reino e como integrar na comunidade crianças e jovens de hoje? Precisamos revisar toda a nossa prática pastoral com os padres, a prática catequética. Veja quantas crianças deixam de vir à Igreja depois que terminam a primeira comunhão e a crisma, isso é sinal de que a catequese não ocorreu. E nós não estamos revisando isso, nós estamos continuando com as mesmas práticas religiosas”, questiona.
O arcebispo de Santa Maria salienta que é, nesse contexto de mudanças, que a iniciação à vida cristã se torna ainda mais importante. E destacou que a Comissão tem refletido e formado seminaristas, padres e catequistas como parte de um processo.
“Uma das preocupações dos bispos é como melhorar a formação dos futuros presbíteros num tempo que é novo. Nós não podemos preparar presbíteros para responder com respostas velhas a perguntas novas, tem novas perguntas aparecendo, tem situações inéditas, então precisamos nos preparar”, finalizou.
Com informações e fotos da CNBB e de Guilherme Fagá